Reportagem: Imóvel é ganho certo!

Investir em casas, apartamentos e terrenos com preços entre 80 000 e 300 000 reais é um bom negócio. Se preferir, invista nos fundos imobiliários.
(Fonte: Você SA por Ana Brandão)

Embora muitos digam o contrário, os especialistas garantem: investir em imóveis é uma boa opção. Nos últimos dez anos, a valorização mínima de um imóvel ficou entre 1% e 2% acima da inflação do ano. O levantamento é do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi) e mostra que, em cidades como São Paulo, não foram poucos os bairros em que a valorização de um imóvel, nesse período, chegou a 100%. Em tempos de estabilidade e economia amadurecida, o conceito de investimento imobiliário adquiriu roupagens para além de uma casa, um apartamento ou uma sala comercial para revender ou alugar. Hoje, ativos imobiliários são significado de fundo de investimento, especulação e até de alavancagem.

Na avaliação dos especialistas, todas as opções são boas, dependendo de quem investe e de seus objetivos. Antes de dar o primeiro passo rumo aos imóveis, o investidor deve saber que o conceito de diversificação sempre vale. "Os imóveis devem consumir entre 20% e 40% do patrimônio do investidor", diz João Crestana, presidente do Secovi. Em seguida, vem a estratégia, que depende do risco a ser assumido, do tempo para se dedicar ao investimento e da quantia disponível para a aplicação. Se o investidor tem entre 80 000 e 300 000 reais, está dentro do grupo que pode aliar boa rentabilidade a baixo risco.

Imóvel vale a pena?

Veja o que considerar se você deseja investir nele
Roseli Loturco (undefined) 11/02/2009

Para os conservadores, o imóvel é a garantia de um lucro pequeno, mas certo. Para os céticos, não há nenhum ganho real. Apesar das divergências, agora é o momento para observar com atenção as oportunidades no mercado imobiliário. A tendência é de que o preço dos imóveis caia ainda mais porque a crise deve frear a compra de bens mais caros. ''O mercado tinha uma bolha de demanda. Hoje tem retração. Tanto o preço dos imóveis residenciais quanto o dos comerciais deve sofrer depreciação nos próximos seis meses”, diz William Eid Júnior, coordenador do Centro de Estudos em Finanças da Fundação Getulio Vargas de São Paulo. Você pode aproveitar esse momento de três maneiras simples. Confira a seguir.

COMPRE UM IMÓVEL E ALUGUE
1 - O rendimento médio pode ficar entre 0,5% e 1% ao mês sobre o valor do imóvel. A regra vale tanto para os bens residenciais quanto para os comerciais.
Residencial: Prefira apartamentos pequenos, pois são fáceis de alugar. Se você pagar 50 000 reais por uma quitinete vai alugá-la por 500 reais ao mês. “Com 200 000 reais, compre quatro quitinetes em vez de um apartamento grande, que renderia uns 1 200 reais de aluguel por mês”, diz William Eid.
Comercial: Agora, os imóveis comerciais são ótimos investimentos. “Você consegue um aluguel entre 0,8% a 1% ao mês sobre o preço do imóvel, principalmente em salas”, diz Carla dos Santos, da CDS Brasil.
Fique atento: “O investidor tem de se lembrar que sobre a renda do aluguel terá que recolher até 27,5% de Imposto de Renda (IR), pagar a taxa de corretagem da empresa que locou o imóvel, lidar com a possibilidade de o imóvel ficar vazio por meses, o que implicaria gastos adicionais de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). O ganho mensal não é líquido”, diz Fabiano Calil, sócio da Fabiano Calil Gestão de Riquezas, de São Paulo.

COMPRE E REVENDA POR UM PREÇO MAIOR
2 - O mercado imobiliário ganhou fôlego há oito anos e cresceu, em média, entre 5% e 7% ao ano. “O aumento nas vendas bateu os 80% em 2007 e 40% em 2008”, diz João Crestana, presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP).
Imóvel na planta: O maior risco de comprar um imóvel na planta é o prazo de entrega não ser cumprido ou a construtora falir. A tendência é que o imóvel se valorize até o lançamento. “Se você comprar um imóvel por 100 000 reais na planta, certamente valerá 120 000 reais na entrega das chaves”, diz João Crestana.
Imóvel usado: Para quem pretende adquirir um imóvel usado, a boa opção são os leilões. Os imóveis financiados e inadimplentes são leiloados com preços abaixo dos de mercado. Imóveis com mais de 20 anos são uma pechincha.
Fique atento: A expectativa para 2009, de acordo com estimativa do Secovi-SP, é que as vendas de imóveis fiquem abaixo dos números registrados nos últimos dois anos.

INVISTA EM TERRENOS
3 - Comprar um terreno em um local com perspectiva de desenvolvimento urbano e depois revendê-lo.
Fique atento: Vale se o imóvel estiver localizado em uma região que receberá benfeitorias. “Terá boa valorização pela localização, e não apenas pela construção”, diz Fábio Colombo, administrador de investimentos, de São Paulo.

Fundos com boa valorização
Veja os fundos que renderam mais do que o Certificado de Depósito Interbancário (CDI)*:
FII Proj Água Branca 12, 46%
F JK II 12, 00%
FII Continental Square Faria Lima 11, 91%
FII Hospital Nossa Senhora de Lourdes 11, 52%
F Financial Center II 11, 35%
FII Hospital da Criança 10, 77%
FII Edifício Ourinvest 10, 67%
CSHG Brasil Shopping FII 10, 36%
CDI 10, 20%

*Em 2008

Obs.: fundos imobiliários com distribuição isenta de Imposto de Renda para pessoas físicas, na forma da legislação vigente. CDI com remuneração líquida de Imposto de Renda (alíquota de 17,5%).
Fonte: Sérgio Belleza

APLICAÇÕES MAIS SOFISTICADAS

Fundos imobiliários
Os fundos imobiliários são isentos da taxa de administração para pessoas físicas. “Por meio deles, o investidor consegue ter acesso a empreendimentos de primeira linha”, diz Sérgio Belleza, sócio da Brazil Partners, consultoria de fundos imobiliários, de São Paulo. Mas, para investir, você deve saber que a liquidez é baixa e não há indicadores de preços organizados no mercado. “Além do mais, os contratos são de longo prazo”, diz Fabiano Calil.

Ações de construtoras
As ações das construtoras caíram mais de 80% em 2008. Pode ser uma boa hora para comprar, mas é preciso ver a saúde financeira das empresas. “Elas começaram a mostrar seus balanços recentemente, é preciso observar os resultados antes de se arriscar”, diz Fábio Colombo.

Fuja dos micos
Os lofts, que já tiveram seus dias de glória, hoje estão decadentes. São difíceis de vender e os preços estão em queda. É a mesma situação dos flats.

Paixão por construções
O engenheiro paulista Carlos Roberto Della Libera Filho, 29 anos, adquiriu recentemente uma casa antiga por 80 000 reais em São Paulo em uma região com alta demanda por galpões pequenos. “Vou investir mais 100 000 reais para construir um galpão e depois alugá-lo por 3 500 reais por mês e ter uma rentabilidade de 2%, maior do que qualquer rendimento de mercado.” Se ele quiser vender o galpão poderá conseguir até 360 000 reais.

O sonho da casa própria

Com a maior oferta de crédito imobiliário do país, você deve analisar com cuidado se é hora de comprar um imóvel
Roseli Loturco (undefined) 11/06/2009

Crédito: Alexandre FerroO velho sonho da casa própria voltou à mente dos brasileiros com a enorme oferta de crédito imobiliário dos últimos meses. Os bancos oferecem diversos tipos de financiamento para você comprar um imóvel. Mas será que vale a pena? Antes de decidir, você deve escolher qual é o tipo de empréstimo que melhor se adapta às suas necessidades. Vale analisar linhas de financiamento já conhecidas, como o Sistema Financeiro de Habitação (SFH), além de outras mais novas, como o consórcio de imóveis e o novíssimo programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida, que promete facilitar compras da casa própria para quem tem renda familiar de até dez salários mínimos. Existem ainda os leilões e os feirões de imóveis, como os da Caixa Econômica Federal (CEF), que rodam o país o ano inteiro.

Além de ter cuidado ao escolher o melhor tipo de financiamento, você deve ficar de olho nos micos que estão no mercado imobiliário. "Essa é uma compra que leva parte substancial de seu patrimônio. É preciso investigar todas as taxas de juro e planejar o pagamento futuro com muito cuidado", diz William Eid, coordenador do Centro de Estudos em Finanças da Fundação Getulio Vargas. Já Fábio Gallo, economista e professor titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), vai direto ao ponto: “Consórcio não vale à pena em hipótese nenhuma. Só se você for um sortudo e for sorteado logo no início, ou se tiver recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para amortizar e dar bons lances”, diz.

É claro que os representantes do segmento dos consórcios discordam plenamente. “Onde mais é possível pegar crédito imobiliário emprestado sem pagamento de juros?”, diz Luiz Fernando Savian, presidente regional da Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio (Abac). Em meio a tantas oportunidades, a revista VOCÊ S/A dividiu os imóveis em faixas de preços que vão de 70 000 a 500 000 reais e listou todas as opções de financiamento disponível para você comprar seu imóvel.

Consórcio

Com 518 000 participantes ativos e 17 anos de vida, o consórcio imobiliário é uma modalidade de crédito que não é indicada para quem precisa do financiamento imediatamente para comprar um imóvel. “O consórcio é uma compra programada, uma espécie de poupança que não paga — mas também não cobra — juros ao cliente, só taxa de administração, que no nosso caso está em 1,5% ao ano, mas pode chegar a 2% em outras instituições”, diz Idevalter Borba, diretor da área no Bradesco, líder na comercialização do produto. Só neste ano, até o dia 18 de maio, o banco comercializou o equivalente a 900 milhões de reais em 17 000 cotas de consórcio. O valor médio foi de 51 000 reais.

Os valores das cartas de crédito do sistema de consórcio vão de 20 000 a 300 000 reais e podem ser usadas também para reforma, mas a grande maioria dos recursos é vinculada à compra do imóvel. Dizem os críticos, no entanto, que só vale a pena entrar no consórcio se a pessoa for sorteada logo de início ou tiver recursos adicionais, como o FGTS, para fazer lances e amortizações. Do contrário, terá de pagar em até 180 meses por um crédito que não receberá nenhuma correção de valor. Aqui também o recomendável é que você não comprometa mais do que 30% de sua renda nesse tipo de operação, que vem crescendo sistematicamente nos últimos seis anos.


Sistema Financeiro de Habitação

Para quem tem como comprovar a renda salarial, já sabe qual imóvel irá comprar, vai usar o dinheiro do FGTS e não quer esperar muito tempo, o negócio é correr de banco em banco e comparar as taxas de juro para ver quem oferece as melhores condições de crédito pelo SFH. Fique ligado. As faixas de financiamento por meio do SFH vão de 70 000 a 500 000 reais, dependendo da instituição financeira, com taxas de juro que variam de 10% a 12% ao ano mais a taxa referencial (TR), dependendo do banco. Os prazos de financiamento podem alcançar até 30 anos nas instituições privadas e na CEF.

A Caixa oferece condições especiais porque é líder absoluta nesse tipo de operação, seguida por Itaú/Unibanco e Bradesco. Geralmente, o valor do financiamento não pode ultrapassar 80% do valor do imóvel e “o ideal é não comprometer mais do que 30% da renda com as mensalidades”, afirma William Eid, especialista no assunto. Se você ficar inadimplente por mais de 180 dias, o banco pode tomar seu imóvel. Para financiamentos acima de 500 000 reais, dificilmente as taxas de juro cobradas pelos principais bancos ficam abaixo de 12% mais TR. O dinheiro, para qualquer faixa de valor do imóvel, é liberado em dez dias.

Minha Casa, Minha Vida

Lançado há pouco mais de um mês para combater um déficit habitacional estimado em 7 milhões de moradias, o programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida é uma alternativa real de crédito imobiliário para quem tem baixa e média renda. As regras do programa ainda não foram regulamentadas pelo Congresso. A proposta é subsidiar parte ou a totalidade do custo da moradia de famílias com renda de até dez salários mínimos. O programa é dividido em três partes.

De acordo com o projeto no Congresso, a primeira parte é para quem tem renda familiar de até três salários mínimos. Nessa faixa, o subsídio é integral e há isenção de custos de seguro do imóvel. A segunda faixa de rendimento contempla quem recebe de três a seis salários mínimos, o subsídio é parcial nos financiamentos, há redução dos custos do seguro e o cliente tem acesso ao Fundo Garantidor. Nos dois casos também houve redução de custos do cartório para registro de imóvel. A terceira parte é endereçada a quem ganha entre seis e dez salários mínimos. Para essa faixa, há redução dos custos do seguro e acesso ao Fundo Garantidor. O Fundo vai assegurar o pagamento de algumas prestações caso o proprietário fique desempregado. “Embora criticável politicamente, o projeto é positivo, pois faz com que as construtoras disponibilizem maior volume de ofertas acessíveis à população de baixa e média renda”, diz Fábio Gallo, professor da PUC-SP.

O Bradesco já aderiu ao programa antes mesmo de sua regulamentação. “Nós apoiamos e temos todo interesse no projeto”, diz Cláudio Borges, diretor de crédito imobiliário do banco. O Itaú Unibanco e o Grupo Santander ainda não aderiram. “Não sei se iremos apoiar, os detalhes da operação ainda estão bem confusos”, diz Nerian Gussoni, superintendente de crédito imobiliário do Grupo Santander. O governo federal vai investir 34 bilhões de reais no programa. Todos os detalhes da operação podem ser vistos no site da CEF (www.cef.gov.br).


Feirão em alta

Adquirir imóvel em um feirão pode ser muito vantajoso, já que pode custar até 40% menos e os juros dos financiamentos ficam abaixo da média cobrada pelos bancos. Você pode encontrar imóveis novos e usados, que vão de 30 000 até 1,5 milhão


Crédito barato
Os bancos não anunciam, mas têm linhas de financiamento que cobram taxa de juro abaixo de 2%
Erica Martin (undefined) 08/03/2010

O empresário paulistano Marcelo Brito, de 41 anos, fez um empréstimo no valor de 235 000 reais no fi nal do ano passado e conseguiu juro de 1,17% ao mês. É uma taxa baixíssima se comparada às outras modalidades de crédito, cuja taxa média é de 10%. Marcelo optou por um fi nanciamento que usa o imóvel como garantia da transação fi nanceira. Ele deixou um dos bens de sua empresa de construção civil como garantia no banco. “Se existe um bem, o banco fi ca mais seguro de que vai receber o dinheiro e oferece melhores condições ao cliente”, diz Raphael Rottgen, sócio-diretor da Sagace, consultoria de crédito imobiliário, de São Paulo.

Marcelo fez um contrato para pagar o empréstimo em 20 anos, já quitou duas parcelas no valor de 2 954 reais, mas quer acabar com a dívida assim que vender um dos imóveis de sua companhia. “Esse tipo de empréstimo é uma ferramenta saudável, que traz liquidez para ajudar na realização de sonhos”, diz Antonio Barbosa, diretor de crédito imobiliário do HSBC, em São Paulo. Apesar de ter juros baixos, pouca gente conhece essa modalidade de crédito. “Não é atrativo para as instituições fi nanceiras porque elas deixam de ganhar com a taxa de juro, que é bem menor em relação a outros empréstimos”, diz Raphael, da Sagace.



Há três anos, quando a BM Sua Casa, empresa de crédito imobiliário focada em produtos para as classes média e baixa, lançou o BM Crédito Fácil, acreditava que demoraria alguns anos até conquistar clientes. “Achávamos que as pessoas teriam difi culdades para entender o produto, porque o imóvel é um bem muito importante na vida do brasileiro”, diz Elyseu Mardegan, diretor da BM Sua Casa. Mas o resultado surpreendeu e hoje a maior parte dos seus clientes usa o Crédito Fácil. Além da BM Sua Casa, Bradesco, HSBC, Itaú Unibanco e Grupo Santander oferecem a linha de crédito que usa o imóvel como garantia. É fácil conseguir o crédito. Os bancos exigem que o imóvel esteja quitado e, na maioria das vezes, com a escritura no nome de quem solicita o empréstimo.

Em geral, o procedimento é parecido em todos os bancos. Primeiro você precisa solicitar uma carta de crédito, que é o documento que especifi ca quanto o banco vai emprestar. A instituição fi nanceira vai consultar informações sobre o seu histórico de dívidas e depois recolher os documentos relacionados ao imóvel: matrícula e comprovante de que não existe débito com o condomínio ou com o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU). A última etapa é a avaliação do imóvel. Com tudo aprovado, o banco faz um contrato e começa o processo de alienação fi duciária, ou seja, quando o seu imóvel passa a ser alienado ao banco.

Em média, são 30 dias desde a entrega dos documentos até o recebimento do dinheiro. Se você solicitar o empréstimo e por algum motivo não conseguir arcar com o pagamento, a solução é entrar em contato com o seu gerente. “O banco sempre tenta renegociar a dívida. A intenção não é pegar o imóvel”, diz Nilton Pelegrino Nogueira, diretor do departamento de empréstimos e fi nanciamentos do Bradesco, em São Paulo. Por enquanto, os bancos e os clientes não tiveram grandes problemas. No HSBC, a inadimplência está abaixo de 1% desde 2005.

Veja o que os bancos oferecem:

BM Sua Casa
A BM Sua Casa financia até 50% do preço do imóvel, o valor mínimo de empréstimo é 10 000 reais e não pode comprometer mais do que 30% da renda do cliente. Além de analisar a renda e o histórico de dívidas de quem quer o empréstimo, a BM avalia a intenção do cliente. “Muitas vezes, ele está procurando o empréstimo exatamente para quitar uma dívida que já tem”, diz Elyseu Mardegan, diretor da BM Sua Casa, em São Paulo.

Bradesco
O Bradesco tem desde 2007 o Empréstimo Pessoal com Garantia de Imóveis. A taxa de juro mensal é de 1,70%. A instituição financia até 40% do preço do imóvel e o valor mínimo do empréstimo é 20 000 reais. O crédito pode demorar até 10 dias para cair na conta corrente. O prazo para o pagamento da dívida é de no máximo dois anos. O valor máximo depende da capacidade financeira de cada cliente, mas não pode comprometer mais do que 30% da renda do cliente. O Bradesco aceita o imóvel de uma terceira pessoa como garantia, desde que não seja o único imóvel em seu nome.

HSBC
Há dois anos, o HSBC tem o Crédito Casa que já atende 200 pessoas. “Aqui no Brasil o produto ainda é pouco conhecido, mas deve aumentar”, diz Antonio Barbosa, diretor de crédito imobiliário e consórcio do HSBC. O banco financia até 50% do preço do imóvel e o valor mínimo do empréstimo é 15 000 reais e não pode comprometer mais do que 25% da renda.

Santander
Desde 2008, o Santander tem o Mais Conquista que financia até 50% do valor do imóvel. O valor do empréstimo deve ser no mínimo 30 000 reais e no máximo de 500 000 reais, mas não pode comprometer mais do que 27% da renda do cliente. “Divulgamos o produto para os gerentes para que expliquem aos clientes as principais vantagens”, diz Nerian Gussoni, superintendente de crédito imobiliário do Grupo Santander.


Faça mais com seu salário
Com educação financeira e disciplina dá para ter o que você sonha
sem se afundar em dívidas
Lorena Verli (undefined) 06/09/2010

Crédito: ®1 E 2 FOTOS MANUEL NOGUEIRA ®3 FRANÇOIS CALIL

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Juros baixos, crédito fácil e produtos de sobra piscando nas vitrines. Nunca foi tão fácil comprar, ou entrar em dívidas. Para os especialistas em finanças, a solução para o aperto no bolso não é deixar de consumir, mas saber o que e como comprar. O terapeuta financeiro Reinaldo Domingos, autor do livro Terapia Financeira (Editora Gente), acredita que o problema começa cedo, ainda na infância, quando aprendemos a consumir, e não a poupar. “Por isso é tão difícil conquistar sonhos que são caros sem entrar no vermelho”, diz. Sair do sufoco financeiro pode até ser uma tarefa difícil, mas não é impossível.

O primeiro passo para uma reeducação financeira é adotar uma planilha de custos, analisando onde é possível fazer reduções e quais gastos podem ser eliminados. O segundo passo é respeitar o seu salário (veja quadro abaixo). Esse conceito pode parecer abstrato, porém, de acordo com Reinaldo, costuma funcionar. “Ao deixar de desprezar o dinheiro e passar a respeitá-lo, você estabelece uma relação saudável com ele. Assim, ele deixa de ser um inimigo e se transforma em um aliado”, afirma.

Estabeleça seus sonhos de consumo
Para o planejador financeiro Fabiano Calil, de São Paulo, se uma família não consegue poupar nada no final do mês, precisa discutir o consumo de todos. “Nas clínicas financeiras verificamos que, nesses casos, 50% do orçamento familiar está comprometido com empréstimos, dívidas e juros”, comenta.

Agora, se você não está atolado em dívidas e, ainda assim, não consegue economizar 1 centavo, pode ser que esteja fazendo algo errado: deixando os sonhos em segundo plano. Para Reinaldo, os desejos de consumo devem ser colocados em primeiro lugar. Assim que se recebe o salário, deve-se tirar o dinheiro que será economizado para realizar os desejos.” Por fim, diz ele, deve-se adequar as despesas ao valor dos sonhos, e não o contrário.




Rumo à Europa com renda de 5 000 reais
A publicitária Hanna Abou Jokh, de 29 anos, coordenadora de contas da Morya Comunicação, em São Paulo, sempre quis conhecer a Europa. Com uma renda de 5 000 reais, em apenas um ano ela poupou o suficiente para passar um mês viajando. A publicitária investiu quase todo o 13º salário na compra das passagens aéreas para visitar seis países. “Gastei 4 600 reais para comprar todos os trechos. Do meu 13º só sobraram 560 reais. Mas valeu a pena, pois, como fiz as reservas com antecedência, paguei bem mais barato.”

A hospedagem é um caso à parte: vai sair de graça. Hanna se inscreveu no CouchSurfi ng (www.couchsurfing.com), um serviço de hospitalidade virtual que possibilita a um viajante ficar hospedado gratuitamente na casa de um morador local. Mesmo assim, só por garantia, ela está guardando na poupança, com rendimento médio de 0,57%, cerca de 300 reais por mês. “Tenho quase 2 500 reais. Além disso, vou receber um terço das minhas férias e a primeira parcela do 13º. No total, vou viajar com cerca de 7 000 reais no bolso”, revela.

A partir de outras faixas de renda familiar, veja como economizar para fazer uma viagem semelhante à da publicitária:

2 500 REAIS
Decida seu destino com pelo menos dois anos de antecedência e faça uma poupança apenas para isso. “A cada mês, deposite uma quantia equivalente a 250 reais, no mínimo. Isso somará 6 000 ao final de dois anos, sem contar os rendimentos, de até 0,57% ao mês”, afirma o consultor financeiro Fabiano Calil. Para turbinar suas economias, você precisará diminuir bem, ou até eliminar, os gastos em todas as outras áreas. Assim como a publicitária, use seu 13º para adquirir as passagens — elas podem ser compradas até um ano antes da data de embarque com descontos de até 30%. Evite viajar entre junho e agosto — quando é verão no Hemisfério Norte e tudo fica mais caro. Faça reservas em hotéis econômicos ou albergues. Procurando bem, é possível gastar 277 euros (657 reais) com hospedagem durante os 30 dias. Mas as reservas devem ser feitas antecipadamente através de sites como o do Hosteling International (www.hostel.org.br), ou o booking.com, que oferece até 75% de desconto em hotéis de diversas categorias.

7 000 REAIS
Com essa renda mensal, é possível programar o embarque para a Europa com um ano de antecedência. Depois de definido o roteiro, invista parte do 13º salário na compra das passagens. “Por mês, coloque cerca de 455 reais na poupança ou aplicação de renda fixa, reserva que será usada com gastos em hospedagem, alimentação e passeios”, diz Fabiano. Ao final de um ano, se tiver aplicado na poupança, terá economizado cerca de 5 660 reais, com rendimento médio de 0,57%. Caso tenha escolhido os fundos de renda fixa, poderá ter quase 5 500 reais. Lá fora, procure não exagerar. Hospede-se em hotéis mais baratos. Procure os locais no site Booking.com. Com ele, é possível encontrar diárias em bons hotéis por cerca de 40 euros. Também vale segurar um pouco a carteira em restaurantes chiques. Em cidades como Roma ou Londres, a diferença pode ser de mais de 300 reais em um local sofi sticado.

10 000 REAIS
Valem as mesmas regrinhas de quem tem renda familiar de 7 000 reais. Se você investir 650 reais durante 12 meses na poupança, com um rendimento de 0,57% ao mês, poderá conhecer a Europa com pouco mais de 8 000 reais no bolso — algo em torno de 3 375 euros. Colocando tudo o que sobra do seu salário na realização desse sonho e com a ajuda do 13º e dos valores que você receberá logo que entrar de férias, é possível fazer uma ótima viagem, com direito a hospedagem em hotéis três ou quatro estrelas por precinhos camaradas — cerca de 150 reais a diária, o suficiente para 22 pernoites com a grana reservada.

Um carrão com renda de 7 000 reais
O gerente de produtos da Sony Ericsson, Murilo Vargas, de 29 anos, tinha o sonho de dirigir até as montanhas da Patagônia. Para isso, decidiu comprar uma picape usada Mitsubishi L200 Sport HPE, ano 2006, por 60 000 reais.

Murilo adquiriu o carro à vista. Como ele conseguiu? “Para evitar financiamento de longo prazo, me planejei para economizar até o momento de fechar o negócio. Cortei diversas despesas, como compras de ocasião e gastos com baladas”, explica. Com uma renda em torno de 7 000 reais, durante um ano ele aplicou de 2 000 a 3 000 reais por mês em Certificados de Depósito Bancário (CDBs), que têm uma rentabilidade em torno de 0,6% ao mês. Ao final desse período ele tinha mais de 33 000 reais. O restante do valor ele conseguiu colocando o antigo carro, que valia 27 000 reais, na negociação. No começo de 2010 ele realizou seu sonho.

A partir de outras faixas de renda familiar, veja como economizar para conquistar um carro:

2 500 REAIS
Tente adquirir um carro à vista. Com quatro anos de poupança, depositando 420 reais mensais, com rentabilidade de 0,57% ao mês, é possível comprar um veículo que custe cerca de 23 000 reais. Pagando à vista, o valor do carro pode cair até 15%, dependendo da negociação, e você ainda consegue colocar itens extras. Agora, se não pode esperar muito tempo, a única saída é fazer um financiamento. Para ficar dentro do seu orçamento, as parcelas não devem ultrapassar 400 reais. Com juros de 1% ao mês, dando uma entrada de 5 000 reais — que pode ser economizada ao longo de um ano, aplicando 410 reais por mês na poupança — e financiando o restante do carro por 60 meses, as prestações do automóvel ficariam em torno de 390 reais.

5 000 REAIS
Vale a mesma regra de poupança utilizada para quem ganha 2 500 reais. Financiar o automóvel também pode ser interessante, uma vez que a taxa média de juros é de 1% ao mês, uma das mais baixas do mercado. Apenas evite as opções de parcelamentos sem fim — opte por um financiamento de até três anos. “A partir daí, o veículo não tem mais garantia e começa a exigir manutenção. Podem surgir despesas maiores que as das parcelas pendentes”, alerta Fabiano. Se você já tiver um veículo, deve colocá-lo na negociação e, assim, baixar o valor das parcelas.

10 000 REAIS
Com essa renda, dá para adquirir um carro utilitário, que custa cerca de 64 000 reais. Seguindo o exemplo de Murilo, se você der seu carro de entrada e ele valer algo em torno de 20 000 reais, as parcelas de um fi nanciamento, com 1% de juros ao mês, ficariam em torno de 965 reais. Agora, se você quer economizar e comprar à vista, é preciso aplicar 2 500 reais por mês em CDB, com rendimento em torno de 0,6% ao mês. Ao final de dois anos, você terá 47 000 reais. Colocando seu carro atual no negócio, você consegue adquirir um novo veículo sem nenhuma conta no final.

Uma casa para toda vida a partir de 5 000 reais
O administrador Marcelo Pavam, de 32 anos, diretor da Supernova Indústria de Alimentos, empresa de alimentos finos em conserva, construiu a casa ideal em Nerópolis, Goiás. Casado com Carolina, de 31 anos, e pai de três filhos, o casal tinha renda familiar de 5 000 reais e vivia de aluguel quando começou o projeto, em julho de 2009. Não poupamos nada antes da obra, mas fizemos um cronograma de quanto poderíamos gastar por mês e o seguimos à risca.

Para isso, foram cortadas despesas de viagens, saídas à noite e restaurantes. Mudamos para uma casa com aluguel mais barato e reduzimos as contas de água, luz e telefone, diz. A casa ficou pronta em janeiro de 2010. Tem 270 metros quadrados e custou 120 000 reais, incluindo os 40 000 da compra do terreno de 2 000 metros quadrados. O lote foi financiado em 100 parcelas, com uma entrada de 6 000 reais. A principal parte do dinheiro investido veio de uma herança de 35 000 reais e de um empréstimo com parentes, sem juros, no valor de 20 000 reais. “Ainda temos seis prestações para pagar, o que consome 20% de nossa renda”, explica.

A partir de outras faixas de renda familiar, veja como economizar para adquirir seu imóvel:

2 500 REAIS
As duas opções mais viáveis para quem quer adquirir a casa própria são continuar pagando aluguel e economizar o máximo possível para comprar um imóvel. Ou juntar uma grana, dar de entrada na nova casa, mudar-se e financiar o restante. Para as prestações não pesarem tanto, essa entrada deve ser generosa, de pelo menos 50 000 reais, no caso de um imóvel de 100 000 reais. “Isso faria com que as cerca de 180 prestações, média para financiamentos imobiliários, com juros de 1% ao mês, ficassem em torno de 580 reais mensais”, explica Fabiano Calil. Se você não precisa pagar aluguel, invista na poupança. Economizando 580 reais por mês, com rendimentos de 0,57%, em seis anos você terá mais de 50 000 reais.

7 000 REAIS
Para quem está com o orçamento mais folgado, investindo 2 500 reais por mês em uma poupança, com rentabilidade de 0,57%, em dois anos é possível juntar mais de 50 000 reais para dar de entrada em um imóvel de 150 000 reais. O restante pode ser fi nanciado, com 1% de juros ao mês, em 180 vezes de cerca de 1 100 reais mensais. Caso planeje construir, vai ter de economizar o mesmo valor por quase cinco anos, apesar de incentivos como linhas de crédito especiais para a construção e da manutenção da desoneração do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre os materiais de construção. Essas facilidades podem ser conseguidas em bancos, por meio de um empréstimo específico para construção, com juros que variam de 1,66% a 3,13%. Aplicando seu dinheiro num CDB, com rendimentos de 0,6%, ao fi nal de 55 meses você terá 162 000 reais. Com esse valor é possível comprar um lote de 50 000 reais e investir o restante na construção de uma casa na região Cento-Oeste do país, onde esses valores foram apurados. “Para outros lugares os preços podem mudar, mas as estratégias de poupança são as mesmas”, diz Fabiano.

10 000 REAIS
Primeiro você terá de juntar uma entrada de, no mínimo, 40 000 reais. Aplique, todos os meses, 3 500 reais na poupança, com um rendimento médio de 0,57%. Um investimento pesado? Sem dúvida, mas ao final de um ano você terá mais que o necessário para a entrada. Com esse valor, em uma cidade como São Paulo, você pode adquirir um imóvel de 250 000 reais, financiando o restante com juros de 1% ao mês. A metragem e o tipo de imóvel podem variar muito, dependendo do bairro escolhido. De qualquer forma, as parcelas ficariam em torno de 2 400 reais. Usar o FGTS de todos os membros economicamente ativos da casa para quitar o imóvel é outra opção. (Fonte: Você SA)

FERNANDO DELFINO.
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Sobre meu trabalho

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